domingo, 22 de novembro de 2009

Impressionismo









Impressionismo foi um movimento artístico que surgiu na pintura européia do século XIX. O nome do movimento é derivado da obra Impressão, nascer do sol (1872), de Claude Monet.
Os autores impressionistas não mais se preocupavam com os preceitos do Realismo ou da academia. A busca pelos elementos fundamentais de cada arte levou os pintores impressionistas a pesquisar a produção pictórica não mais interessados em temáticas nobres ou no retrato fiel da realidade, mas em ver o quadro como obra em si mesma. A luz e o movimento utilizando pinceladas soltas tornam-se o principal elemento da pintura, sendo que geralmente as telas eram pintadas ao ar livre para que o pintor pudesse capturar melhor as variações de cores da natureza.A emergente arte visual do Impressionismo foi logo seguida por movimentos análogos em outros meios quais ficaram conhecidos como, música impressionista e literatura impressionista.






A Era do Impressionismo

Tendência estilística que dominou a pintura, sobretudo francesa, no último quartel do século passado. Anti-acadêmico e anti-romântico, o Impressionismo preparou o caminho para todas as manifestações artísticas que se lhe seguiram, e teve em Manet, Monet, Renoir, Píssarro, Sisley, Morisot, Degas, Brazille, Boudin, Cassatt, Cézanne, Gauguin, Seurat, Signac, Lautrec e Van Gogh seus principais representantes.
A denominação impressionismo tinha de inicio cunho pejorativo, e foi utilizada por um crítico de arte, Louis Leroy, para designar a espécie de arte que pudera ver na primeira coletiva da Société Anonyme des Artistes Peintres, Sculpteurs et Graveurs, realizada entre 15 de Abril e 15 de Maio de 1874 em Paris (Lê Charivari, 25 de Abril de 1874). Derivava do nome de um quadro de Claude Monet então exposto: “Impressiona u Soleil Levant” (1874). Não era porém a primeira vez em que a condição de Impression, peculiar a todas as obras participantes da mostra de 1874, era posta em relêvo por críticos: Castagnary, por exemplo, afirmara em 1864, referindo-se à pintura do holandês Jongkind: “nela, tudo não passa de impressão”. E Daubigny era tido, em 1865, como “chefe da escola da impressão”.
Para Camille Mauclair, pode o Impressionismo ser sintetizado em poucas palavras: “reação contra o espírito greco-latino e contra a organização escolástica da pintura”. Em verdade, a conceituação da tendência é bastante difícil, a não ser que aceitemos a definição sumária de um artista, Eugène Boudin, que se acha por assim dizer, na origem mesma do movimento: “movimento que leva a pintura ao estudo da luz plena, do ar livre e da sinceridade na reprodução dos efeitos do céu”.
Entre os precursores longínquos do Impressionismo merecem ser citados, entre outros, Watteau, Claude Lorrain, Ruysdael, Poussin, Turner, Bonington, Constable, Delacroix, Moreau, Hubert Robert, Canaletto, Fragonard, Guardi e uma série de outros pintores; precursores diretos, contudo, foram alguns românticos franceses, agrupados na chamada Escola de Barbizon (segundo certo crítico, “a casa de campo do Romantismo”), Corot, Coubert; foram, acima de todos, Johann Barthold Jongkind e Louis Eugène Boudin, os que até certo ponto podem já ser considerados pintores impressionistas. O crítico Claude Roger- Marx, estudando o movimento, definiu-o como “conseqüência das sucessivas descobertas levadas a efeito pelos românticos, por Corot, Coubert e a Escola de Barbizon”.
Como movimento organizado, o Impressionismo durou de 1874 a 1886, período que assistiu à realização de suas oito exposições gerais: em 1874, 1876, 1877, 1879, 1880, 1881, 1882 e 1886. Da primeira mostra inaugurada no atelier do fotógrafo Maurice Nadar, circunstância que não deixa de possuir alto significado, já que até certo ponto a fotografia viera desferir um golpe profundo na pintura realista, participaram nada menos de 30 pintores, a saber: Astruc, Attendu, Béliard, Boudin, Bracquemond, Brandon, Bureau, Cals, Cassatt, Cézanne, Colin, Debras, Guillaumin, Latouche, Lepic, Lépine, Levert, Meyer, Molins, Monet, Morisot, Mulot-Durivage, De Nittis, os dois Ottin, Pissarro, Renoir, Robert, Rouart e Sisley. Muitos de tais artistas acham-se hoje esquecidos, como Astruc, Cals e outros, ou relegados a discreto segundo plano, como Lépine e Guillaumin. Outros, contudo, entre eles Cézanne, Monet, Morisot, Pissarro, Renoir e Sisley, podem ser tidos entre os pintores mais ilustres do século XIX.
A aceitação do Impressionismo, por parte do público – aceitação impossível nas quatro primeiras exposições – começa a ter lugar em 1880, por ocasião da quinta mostra; a qual reúne 12 quadros de Degas, 15 de Morisot, 16 de Pissarro, 7 de Gauguin, e ainda obras de Guillaumin e Mary Cassatt. Sem embargo, a respeito da mostra assim escreveu no Fígaro de 9 de Abril o crítico Wolff: “Com as exceções de Degas e de Berthe Morisot, o resto não vale a pena de ser visto, e menos ainda discutido. É a pretensão, na nulidade. Nem arte, nem estudo, figuras desproporcionadas, sempre a mesma tinturaria cheia de vácuo. Esses homens não se modificam, não podem esquecer nada, pois nada aprenderam. Por que um homem como Degas perde seu tempo nessa aglomeração de nulidades? Por que não faz como Manet, que há muito desertou do Impressionismo, cansado de rebocar indefinidamente a cauda dessa escola detestável?”






Características

Orientações Gerais que caracterizam a pintura impressionista:
A pintura deve mostrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz do sol num determinado momento, pois as cores da natureza mudam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol.
É também com isto uma pintura instantânea(captar o momento), recorrendo, inclusivamente à fotografia.
As figuras não devem ter contornos nítidos pois o desenho deixa de ser o principal meio estrutural do quadro passando a ser a mancha/cor.
As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam. O preto jamais é usado em uma obra impressionista plena.
Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores complementares. Assim um amarelo próximo a um violeta produz um efeito mais real do que um claro-escuro muito utilizado pelos academicistas no passado. Essa orientação viria dar mais tarde origem ao pontilhismo
As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrário,devem ser puras e dissociadas no quadro em pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa, portanto, de ser técnica para se tornar óptica.
Preferência pelos pintores em representar uma natureza morta do que um objeto
Entre os principais expoentes do Impressionismo estão Claude Monet, Edouard Manet, Edgar Degas e Auguste Renoir Poderemos dizer ainda que Claude Monet foi um dos maiores artistas da pintura impressionista da época.
Orientações Gerais que caracterizam o impressionista:
Rompe completamente com o passado.
Inicia pesquisas sobre a óptica/ efeitos(ilusões) ópticas.
É contra a cultura tradicional.
Pertence a um grupo individualizado.
Falam de arte, sociedade, etc: não concordam com as mesmas coisas porém discordam do mesmo.
Vão pintar para o exterior, algo bastante mais fácil com a evolução da indústria, nomeadamente, telas com mais formatos, tubos com as tintas, entre outras coisas.
Grande influência da fotografia no impressionismo e vice-versa.
No impressionismo, a pintura destacada foi responsável pelo movimento das formas nas artes plásticas com Luz Solar desenvolvido entre 1860 a 1980 na França.
Origens
Edouard Manet não se considerava um impressionista, mas foi em torno dele que se reuniram grande parte dos artistas que viriam a ser chamados de Impressionistas. O Impressionismo possui a característica de quebrar os laços com o passado e diversas obras de Manet são inspiradas na tradição. Suas obras no entanto serviram de inspiração para os novos pintores.
O termo impressionismo surgiu devido a um dos primeiros quadros de Claude Monet (1840-1926) Impressão - Nascer do Sol, por causa de uma crítica feita ao quadro pelo pintor e escritor Louis Leroy "Impressão, Nascer do Sol -eu bem o sabia! Pensava eu, se estou impressionado é porque lá há uma impressão. E que liberdade, que suavidade de pincel! Um papel de parede é mais elaborado que esta cena marinha". A expressão foi usada originalmente de forma pejorativa, mas Monet e seus colegas adotaram o título, sabendo da revolução que estavam iniciando na pintura.



Impressionismo no Brasil

No início do século XX, Eliseu Visconti foi sem dúvida o artista que melhor representou os postulados impressionistas no Brasil. Sobre o impressionismo de Visconti, diz Flávio de Aquino: "Visconti é, para nós, o precursor da arte dos nossos dias, o nosso mais legítimo representante de uma das mais importantes etapas da pintura contemporânea: o impressionismo. Trouxe-o da França ainda quente das discussões, vivo; transformou-o, ante o motivo brasileiro, perante a cor e a atmosfera luminosa do nosso País".






Música e literatura

Música impressionista é o nome dado ao movimento da música clássica européia que surgiu no fim do Século XIX e continuou até o meio do Século XX. Originando-se na França, música impressionista é caracterizada por sugestão e atmosfera, e abstem os excessos emocionais da Era Romântica. Compositores impressionistas preferiam composições com formas mais curtas, tais como o nocturne, arabesque, e o prelúdio; além disto, freqüentemente exploravam escalas, como a escala hexafônica.A influência de impressionismo visual na sua contraparte musical é bem discutida. Claude Debussy e Maurice Ravel são considerados, em geral, os maiores compositores impressionistas. Mas, Debussy não concordou com o termo, chamando-o de invenção dos críticos.[1] Entre outros músicos impressionistas fora da França incluem-se obras de Ralph Vaughan Williams e Ottorino Respighi.[2]
O termo Impressionismo também é usado para descrever obras de literatura, entre quais bastam acrescentar poucos detalhes para estabelecer as impressões sensoriais de um incidente ou cena. Literatura impressionista é bem relacionada a simbolismo, entre os seus melhores exemplares podemos encontrar: Baudelaire, Mallarmé, Rimbaud e Verlaine. Autores tais como Virginia Woolf e Joseph Conrad escreveram trabalhos impressionistas de modo que, em vez de interpretar, eles descrevem as impressões, sensações e emoções que constituem uma vida mental de um caráter.

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